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O BIM é uma realidade no Brasil, diz CBIC

O BIM é uma realidade no Brasil, diz CBIC

O Building Information Modeling (BIM) já é considerado uma realidade no Brasil que transformou a forma como projetos de construção são planejados, executados e gerenciados, apontou o vice-presidente de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade da CBIC, Dionyzio Klavdianos. Esta abordagem inovadora utiliza tecnologia para criar modelos digitais tridimensionais que integram informações detalhadas sobre todos os aspectos de uma construção, desde a arquitetura até os sistemas estruturais e de instalações.

O painel “Como Colher Bons Frutos com o BIM”, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) durante o 98º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), teve como objetivo fornecer informações abrangentes e inspiradoras sobre a implementação bem-sucedida do BIM na indústria da construção. O evento foi realizado com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Social da Indústria (Sesi), dentro da FEICON.

O evento ainda tem o patrocínio do Banco Oficial do ENIC e da FEICON, a Caixa Econômica Federal, do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (CREA-SP), Mútua, Sebrae Nacional, Housi, Senior, Brain, Tecverde, Softplan, Construcode, TUYA, Mtrix, Brick Up, Informakon, Predialize, ConstructIn, e Pasi.

O debate buscou a transversalidade do uso do BIM em diversos setores e destacou a transformação digital. De acordo com o presidente do BIM Fórum Brasil, Rodrigo Broering Koerich, o país está em um momento favorável em relação ao tema diante da revisão da Estratégia Nacional de Disseminação do BIM – Estratégia BIM BR, lançada pelo Governo Federal em 2018.

Para ele, o Brasil está vivendo um momento de “tempestade perfeita” onde o BIM está sendo compreendido e adotado, mas ressaltou que a implementação pelas empresas é uma mudança de chave onde será essencial ter um entendimento mais profundo do modelo. “Os casos de sucesso com a adoção do BIM estão se multiplicando nas grandes empresas, mas precisamos escalar isso para o micro, pequeno e médio empreendedor. É crucial que as empresas compreendam que o BIM vai além da tecnologia; é um processo”, destacou.

O BIM não é apenas a implementação de um software, é uma decisão de negócios, pontuou o sócio diretor da VisttaS Consultoria, Rogério Suzuki. “Para a implementação do BIM, é necessário uma gestão da mudança, incluindo uma mudança cultural. Requer conhecimento dos processos de projeto, construção e operação assim como adotar novas tecnologias”, explicou.

De acordo com o head do Setorial de Construção Civil e Moveleiro do  Sebrae Nacional, Fábio Rabello, destacou que a implementação do BIM pode ser um diferencial de mercado. “As empresas, independentemente do porte, buscam ser mais competitivas e produtivas. Para isso, é essencial manter a margem de lucro dos negócios e evitar a obsolescência no mercado, uma vez que a concorrência está sempre buscando se destacar”, disse.

Na oportunidade, o consultor de negócios, Anselmo Freire, apresentou o Desenvolve SP, programa vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico. A agência de fomento do Estado de São Paulo é dedicada ao financiamento para o desenvolvimento de micro, pequenas e médias empresas, bem como de municípios paulistas. A iniciativa tem como missão gerar emprego e renda de forma sustentável e conta com quatro pilares de atuação: inovação; sustentabilidade; projetos de investimento; máquinas e equipamentos; e capital de giro. “O programa visa democratizar o acesso ao crédito às pequenas empresas”, explicou.

O tema tem interface com o projeto “Inteligência e Estratégia para o Futuro da Construção”, da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (COMAT) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), com a correalização com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

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